2 de outubro de 2007

Partidas


Não me convence saber que a vida é infinita
que nada morre e tudo é eterno.
Na partida definitiva, não há como fugir
da maior dor pelo ser humano sentida.
Separam-se almas, a saudade é sofrida!
Saudade que ofusca por vezes a vida
e que só o tempo a pode amenizar.

Laços se desfazem
numa partida por vezes inesperada
que bom seria se esta despedida
pudesse ser adiada eternamente.

As lembranças que ficam, de imediato, atormentam
Onde buscar as cores, gestos e olhares,
Como dialogar com o silêncio?
Como tocar o nada? Como trazer tudo de volta?
Impossível! Esta dor é infinita!

Resta apenas esperar e pedir para o tempo flutue,
para a dor amenizar e ficar com a esperança
de que um dia, em algum lugar, com outros rostos,
possamos a história das nossas almas continuar.
É só o que resta esperar!

(adaptado de um poema de: Tahyane Rangel)