Fármaco para doença de Alzheimer foi proposto para aprovação no tratamento de todas as fases da patologia. Um tratamento adequado e atempado pode proporcionar aos doentes uma maior esperança de vida, com mais qualidade. Lisboa, 18 Janeiro – A doença de Alzheimer caracteriza-se por um processo neurodegenerativo progressivo, com a destruição dos neurónios, principalmente dos que têm função na memória e na capacidade de aprendizagem. É considerada uma das doenças mais incapacitantes que afectam os idosos. A memantina é um dos fármacos que impede um declínio acentuado e pode adiar as fases mais graves da doença. Recentemente foram feitos mais avanços na avaliação desta substância através de um estudo clínico duplamente cego, com placebo, conduzido nos Estados Unidos e Europa, cujos resultados permitiram propor a substância à aprovação da nova indicação nas fases ligeira e moderada da doença de Alzheimer. A Merz Pharma KGaA, em Frankfurt, anunciou a proposta avançada pela European Medicines Agency no passado mês de Outubro e foi aceite esta semana pela Food and Drug Administration (FDA). “Esta aprovação é um passo importante para pessoas com esta patologia. Podem ter com esta terapêutica, desde o diagnóstico da doença, um tratamento altamente eficaz e muito bem tolerado”, disse Hans-Jorg Mobius, director da Merz e um dos autores do estudo. O estudo com memantina em monoterapia envolveu doentes com doença de Alzheimer nas fases ligeira a moderada, tendo sido confirmada a eficácia, segurança e tolerabilidade do fármaco no tratamento de indivíduos com doença de Alzheimer em fases ligeiras. Nesta altura este é o único fármaco aprovado a nível mundial para o tratamento da doença de Alzheimer nas fases avançadas da patologia, no entanto, se a aprovação for dada, a memantina será o primeiro medicamento indicado no tratamento de todas as fases da doença. Assim, os doentes podem beneficiar, desde o início do tratamento, do melhoramento das suas funções cognitivas, e por consequência de exercer as actividades diárias. Segundo os investigadores, vai deixar de ser necessário alterar a terapêutica durante o decurso da doença.
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